A Enterprise Turnaround Initiative Corp. (Etic), entidade apoiada pelo governo do Japão responsável por coordenar processos de recuperação das empresas do país, informou que a Japan Airlines (JAL) pediu concordata nesta terça-feira na Corte Distrital de Tóquio. A JAL, maior companhia aérea da Ásia em receita, vai revitalizar suas operações não lucrativas por meio de uma injeção de capital da Etic e da redução de sua força de trabalho e suas rotas.
De acordo com os planos, a JAL vai reduzir seu capital para zero e pedir uma renúncia de dívida no valor de 730 bilhões de ienes (US$ 8 bilhões), além de cortar os custos reduzindo a força de trabalho em um terço do total de 47 mil. A Etic disse que decidiu dar suporte à reestruturação da JAL e vai injetar 300 bilhões de ienes na empresa para impulsionar suas finanças e ajudá-la a implementar medidas de revitalização.
O pedido de concordata segue-se a meses de negociações entre a JAL, o governo e seus credores para elaborar um socorro à companhia deficitária. Prejudicada por uma queda no número de passageiros em meio à crise econômica global, pelo surgimento da gripe suína e por sua relutância em se livrar de rotas não lucrativas, a companhia registrou o maior prejuízo trimestral da sua história, de 99 bilhões de ienes, nos três meses encerrados em junho do ano passado.
Em conseguencia, a Japan Airlines (JAL) chegou a um acordo sobre uma aliança com a Delta Air Lines. Com esse acordo, a JAL, maior companhia aérea da Ásia, passaria de uma aliança com a Oneworld para outra, com o grupo SkyTeam, proprietário da Delta.
Hoje (19/01) o governo japonês anunciou um pacote de reestruturação da JAL. Com isso a JAL consegue proteção judiciária, para se proteger de credores e da desvalorização de suas ações. A empresa deve ainda, além de cortar mais de 15 mil empregos, vender hotéis que possui.
Isto é um bom exemplo de grandes empresas que não conseguem acompanhar a evolução do mundo corporativo, como por exmplo Varig e Panam.
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