segunda-feira, 18 de março de 2013

A festa acabou. A economia empacou. O investidor fugiu. E agora?

>>Trecho de reportagem de ÉPOCA desta semana.

Três anos atrás, enquanto o mundo ainda estava nas trevas da crise de 2008, o Brasil brilhava como um Sol ao meio-dia. O país crescia em ritmo acelerado, ajudado pelas medidas de estímulo do governo, e acabara de ser escolhido como palco da Copa de 2014 e da Olimpíada de 2016. O brilho iluminava nossas vantagens competitivas – um ambiente institucional mais sólido que noutros países emergentes, um mercado interno gigantesco, uma agroindústria pujante e imensas riquezas minerais e energéticas. As publicações internacionais davam de ombros para os gargalos históricos da economia brasileira e reverenciavam o então presidente, Luiz Inácio Lula da Silva. A austera revista britânica The Economist chegou a publicar uma reportagem de capa exaltando a força e o dinamismo do país. Sob o título “O Brasil decola”, a reportagem era ilustrada pela figura do Cristo Redentor disparando como um foguete em direção ao espaço sideral. O eterno país do futuro, outrora marcado por calotes nos credores externos, uma inflação estratosférica e um crescimento pífio, parecia ter se tornado enfim o país do presente, pronto para realizar seu potencial.

Parecia.

A lua de mel durou pouco. No fim do ano passado, a percepção do Brasil no exterior, que se deteriorava gradualmente desde o final do governo Lula, piorou muito. Nos últimos meses, as críticas se multiplicaram e se tornaram ainda mais fortes. Como num eclipse que oculta os raios do Sol, o brilho do Brasil perdeu intensidade na arena global. “A ideia do Brasil decolando passou”, disse a ÉPOCA o megainvestidor Mark Mobius, presidente da Templeton Emerging Markets, empresa que administra um patrimônio de US$ 54 bilhões em mercados emergentes, US$ 4,3 bilhões no Brasil. “A percepção do Brasil pelos investidores estrangeiros está no pior momento desde 2002”, afirma o cientista político Christopher Garman, diretor da área de estratégia para mercados emergentes do Eurasia Group, uma consultoria americana especializada na análise de riscos políticos. “Exceto em circunstâncias excepcionais, o mundo não se deixa enganar por muito tempo”, diz Rubens Ricupero, ex-ministro da Fazenda e ex-secretário-geral da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad). A mesma Economist, que louvara o Brasil três anos antes, defendeu recentemente em editorial a saída do ministro da Fazenda, Guido Mantega, considerado inepto para garantir o crescimento de que o país carece. “Aquela capa do Cristo Redentor falava que o Brasil estava decolando e não que tinha chegado à Lua”, afirma a correspondente da Economist no Brasil, Helen Joyce. “Aquele momento especial chegou ao fim.”
A mudança radical na imagem do Brasil lá fora tem a ver, em boa medida, com o desempenho sofrível da economia brasileira. Depois de crescer 7,5% em 2010, no último ano do governo Lula, o país desacelerou. Para desconforto da presidente Dilma Rousseff e de sua equipe econômica, confirmaram-se as previsões mais pessimistas dos economistas. Em 2011, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) não passou de 2,5%, um resultado apenas razoável para um país emergente do porte do Brasil. Em 2012, de acordo com as projeções oficiais, ele desacelerou ainda mais, para 1,35%. É um patamar bem inferior à média mundial no período, de 3,3%, e das estimativas hiperotimistas, de até 5%, feitas por Mantega no início do ano passado. “Lula manteve sem necessidade os estímulos econômicos criados no combate à crise para gerar um clima de euforia e eleger Dilma presidente”, afirma Ricupero. “Mas ele sabia que o dia do juízo chegaria depois.”


ONGs

VOCÊ SABIA QUE?... 
(ninguém observa isso).

Por que não tem ONGs no Nordeste seco?  Você consegue entender isso?
 

Vítimas da seca!
 
Quantos?             10 milhões.
Sujeitos à fome?   Sim.
Passam sede?       Sim.
Subnutrição?        Sim.
ONGs estrangeiras ajudando: Nenhuma!

Índios da Amazônia.
 
Quantos?             230 mil
Sujeitos à fome?   Não
Passam sede?       Não
Subnutrição?        Não
ONGs estrangeiras ajudando: 350.

Provável explicação:
 
A Amazônia tem ouro, nióbio, petróleo, as maiores jazidas de manganês
e ferro do mundo, diamante, esmeraldas, rubis, cobre, zinco, prata, a
maior biodiversidade do planeta (o que pode gerar grandes lucros aos
la boratórios estrangeiros) e outras inúmeras riquezas que somam 14
trilhões de dólares.

O nordeste não tem tanta riqueza, por isso lá não há ONGs estrangeiras
 
ajudando os famintos.

Tente entender: Há mais ONGs estrangeiras indigenistas e
 
ambientalistas na Amazônia brasileira do que em todo o continente
africano, que sofre com a fome, a sede, as guerras civis, as epidemias
de AIDS e Ebola, os massacres e as minas terrestres.
Agora, uma pergunta:

Você não acha isso, no mínimo, muito suspeito?
 
É uma reflexão interessante ou não ?